Partindo do pressuposto apresentado por Japiassu (1976), de que a
interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas entre os
especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um
mesmo projeto de pesquisa, exige-se que as disciplinas, em seu processo
constante e desejável de interpenetração, se fecundem cada vez mais
reciprocamente. (THIESEN, 2008, p. 4)
De todo modo, o professor precisa tornar-se um profissional com visão
integrada da realidade, compreender que um entendimento mais profundo de sua
área de formação não é suficiente para dar conta de todo o processo de ensino.
Ele precisa apropriar-se também das múltiplas relações conceituais que sua área
de formação estabelece com as outras ciências. (THIESEN, 2008, p. 7)
A escola é um ambiente de vida e, ao mesmo tempo, um instrumento de
acesso do sujeito à cidadania, à criatividade e à autonomia. Não possui fim em
si mesma. Ela deve constituir-se como processo de vivência, e não de preparação
para a vida. Por isso, sua organização curricular, pedagógica e didática deve
considerar a pluralidade de vozes, de concepções, de experiências, de ritmos,
de culturas, de interesses. A escola deve conter, em si, a expressão da
convivialidade humana, considerando toda a sua complexidade. A escola deve ser,
por sua natureza e função, uma instituição interdisciplinar. (THIESEN, 2008, p.
8)
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